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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BÊNÇÃO


O presente que me deste em meio ao alarido, faz paz no mundo,
Contudo não mexia, nem forma tinha...
Por um desses acasos triste da lua o deixei ali, fechado,
Pois o brilho iluminava a casa e as fotografias feneciam na parede!
Minha vista iludida se esqueceu do que você me deu,
Meu animo voltou-se para o além!
O silêncio do teu presente agiu sobre a vaidade da minha agitação;
olhei o dito presente incompreendido!
Cativou-me a resistência, a abnegação, do que se guarda e se entrega ao designar do casual olhar ...
Quando o abri já não importava o grito, a força de ação; quis descobrir o silêncio da minha casa, do teu presente bem amado!

Marcelo Sarges de Carvalho

ROTINA


Sábios são os anjos dissimulados que riem de mim na mesa ao lado!
Da ilusão ao chão; título, sinopse de uma mente doidivanas acanhada por ser, esquecendo que tal propósito é a medida de toda chaga humana...
Pacto quebrado! 
A cerveja esfria no bar onde as almas se curam na ilusão de esquecer... 
Um beijo quente de um querer lancinante,
 e o gosto é engolido na saliva que pertence ao imaginar.
Derivar o bar, pois quem melhor disser dessa rotina pagã saberá mais e mais dos anjos, da cerveja, da essência divina do homem e outras propósitos maiores...

Marcelo Sarges de Carvalho

TARDE, CHUVA E ESQUINA


Um ébrio casualmente me encontra na esquina,
Na beira baixa da porta sem luz, lâmpada queimada a tempo incerto...
O destino não quisto cheira e impregna a garoa fina que adormece a tarde e deixa a noite capaz de captar capítulos próprios e próximos de dois casuais caminhos...
Ali, na quina da esquina, o ébrio e eu nos percebemos guardados da chuva e na espera!
Eventualmente presos pelo tempo ruim que fazia o sono da tarde e o despertar da noite...
Marcelo Sarges de Carvalho