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domingo, 12 de agosto de 2012

CAMINHOS DA VIDA...


Bebeu um pouco demais...
Quis um tanto de menos!
Olhou com sagacidade,
Acalentou com ternura...
Gritou de felicidade!
Calou-se por conveniência!
Tem um cão,
Perdeu alguns amigos!
Comprou um carro...
Perdeu a liberdade!
Sarges de Carvalho

SENTIDO


Um verso tinto,
Que usurpe cores, mistérios, vidas...
Um verso que não entregue, mas que se guarde...
Camadas e camadas de desejos, sentimentos, carências,
Um verso camaleão para enganar a fadiga!

CADUCA O MOVIMENTO


Caduca o movimento!
Viciados, amarrados, cansamos logo ali,
sem mesmo notar que de lá pra cá tudo mudou,
Caduca o movimento!

Quando não há esforço no chegar,
quando chegar é apenas observar o andar relativizado do alheio...
mas como desnudar tudo que passa tão rápido em minha frente?
E eu ali parado...
Caduca o movimento!
Fazendo-me conhecer apenas dois pontos, dois extremos e tudo acabado...
Não há dialogo, conselho, nada que fique pelo meio!
Tudo certo compacto dito em partida e chegada!
Caduca o movimento...
 Sarges de Carvalho

quarta-feira, 16 de maio de 2012

sarges: ROTINA

sarges: ROTINA Um texto novo para compartilhar!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BÊNÇÃO


O presente que me deste em meio ao alarido, faz paz no mundo,
Contudo não mexia, nem forma tinha...
Por um desses acasos triste da lua o deixei ali, fechado,
Pois o brilho iluminava a casa e as fotografias feneciam na parede!
Minha vista iludida se esqueceu do que você me deu,
Meu animo voltou-se para o além!
O silêncio do teu presente agiu sobre a vaidade da minha agitação;
olhei o dito presente incompreendido!
Cativou-me a resistência, a abnegação, do que se guarda e se entrega ao designar do casual olhar ...
Quando o abri já não importava o grito, a força de ação; quis descobrir o silêncio da minha casa, do teu presente bem amado!

Marcelo Sarges de Carvalho

ROTINA


Sábios são os anjos dissimulados que riem de mim na mesa ao lado!
Da ilusão ao chão; título, sinopse de uma mente doidivanas acanhada por ser, esquecendo que tal propósito é a medida de toda chaga humana...
Pacto quebrado! 
A cerveja esfria no bar onde as almas se curam na ilusão de esquecer... 
Um beijo quente de um querer lancinante,
 e o gosto é engolido na saliva que pertence ao imaginar.
Derivar o bar, pois quem melhor disser dessa rotina pagã saberá mais e mais dos anjos, da cerveja, da essência divina do homem e outras propósitos maiores...

Marcelo Sarges de Carvalho

TARDE, CHUVA E ESQUINA


Um ébrio casualmente me encontra na esquina,
Na beira baixa da porta sem luz, lâmpada queimada a tempo incerto...
O destino não quisto cheira e impregna a garoa fina que adormece a tarde e deixa a noite capaz de captar capítulos próprios e próximos de dois casuais caminhos...
Ali, na quina da esquina, o ébrio e eu nos percebemos guardados da chuva e na espera!
Eventualmente presos pelo tempo ruim que fazia o sono da tarde e o despertar da noite...
Marcelo Sarges de Carvalho

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DEUS JANO


A porta se abriu, mas a guerra não se apresentava e ainda não era janeiro!
O que envelheceu no abrir?
Feneceu toda a maturidade de segundos atrás...
Porém, o imaturo se ofereceu com os olhos curiosos de sempre,
Era um descobrir!
Talvez a brisa querente rejuvenesceu ainda mais a coragem de abrir a porta!
O fato: um rosto novo ao desejo da tarde!
Mas o que dizer do que ficou? Como observar o que foi?
Calma, o que foi será sempre a tua face obtusa, guardada para ti,
Segredo parcamente compartilhado!
Desse envelhecer sadio guarde apenas a vontade e o momento de abrir portas...
Não queira nunca a face, o conflito de ti e do que ficou, não há espelho que reflita tal imagem, 
Dessa tragédia homens e deuses foram poupados, pois em janeiros as portas se abrem...

Marcelo Sarges de Carvalho

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O SILÊNCIO QUE PRECEDE...





Eu encontrei o silêncio e o guardei em segredo,
segredo guardado até de mim!
Deixei-o trabalhar...
Em uma hora de mágica imprecisão ele surgiu;
Deu-me uma ânsia no estômago, tomou conta da laringe, da faringe,
Por fim ele me deixou...



Marcelo Sarges de Carvalho

MEDIDA




Sou à medida que me deres...
Tenho o comprimento, o carinho, o amor que sonhares...
Sou eu tudo que pensas de mim!
Mas, olhe para o sombreado do meu rosto, pois nem uma luz ilumina o todo...
Caso ainda me amares assim, meio nublado, poderemos nos conhecer...


Marcelo sarges de Carvalho