A porta se abriu, mas a guerra não se apresentava e ainda
não era janeiro!
O que envelheceu no abrir?
Feneceu toda a maturidade de segundos atrás...
Porém, o imaturo se ofereceu com os olhos curiosos de
sempre,
Era um descobrir!
Talvez a brisa querente rejuvenesceu ainda mais a coragem de
abrir a porta!
O fato: um rosto novo ao desejo da tarde!
Mas o que dizer do que ficou? Como observar o que foi?
Calma, o que foi será sempre a tua face obtusa, guardada
para ti,
Segredo parcamente compartilhado!
Desse envelhecer sadio guarde apenas a vontade e o momento
de abrir portas...
Não queira nunca a face, o conflito de ti e do que ficou,
não há espelho que reflita tal imagem,
Dessa tragédia homens e deuses foram
poupados, pois em janeiros as portas se abrem...
Marcelo Sarges de Carvalho