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quinta-feira, 7 de julho de 2011

DEUS JANO


A porta se abriu, mas a guerra não se apresentava e ainda não era janeiro!
O que envelheceu no abrir?
Feneceu toda a maturidade de segundos atrás...
Porém, o imaturo se ofereceu com os olhos curiosos de sempre,
Era um descobrir!
Talvez a brisa querente rejuvenesceu ainda mais a coragem de abrir a porta!
O fato: um rosto novo ao desejo da tarde!
Mas o que dizer do que ficou? Como observar o que foi?
Calma, o que foi será sempre a tua face obtusa, guardada para ti,
Segredo parcamente compartilhado!
Desse envelhecer sadio guarde apenas a vontade e o momento de abrir portas...
Não queira nunca a face, o conflito de ti e do que ficou, não há espelho que reflita tal imagem, 
Dessa tragédia homens e deuses foram poupados, pois em janeiros as portas se abrem...

Marcelo Sarges de Carvalho

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O SILÊNCIO QUE PRECEDE...





Eu encontrei o silêncio e o guardei em segredo,
segredo guardado até de mim!
Deixei-o trabalhar...
Em uma hora de mágica imprecisão ele surgiu;
Deu-me uma ânsia no estômago, tomou conta da laringe, da faringe,
Por fim ele me deixou...



Marcelo Sarges de Carvalho

MEDIDA




Sou à medida que me deres...
Tenho o comprimento, o carinho, o amor que sonhares...
Sou eu tudo que pensas de mim!
Mas, olhe para o sombreado do meu rosto, pois nem uma luz ilumina o todo...
Caso ainda me amares assim, meio nublado, poderemos nos conhecer...


Marcelo sarges de Carvalho


sexta-feira, 29 de abril de 2011

RUBOR



No dia dito algo fez presença!
O caminhar bandido assaltou-me de pronto os sentidos e tudo foi rubor...
O tempo, o carinho e a cisma, tudo dizia o tempo do vermelho...
Aquele de maior alcance não ousaria narrar o dito dia daquele tempo,
 pois o passado é dizer o futuro a tempo certo...
O olhar vacilou e o carinho era pretérito, perdido na pequena expressão do teu rosto alimentando o não...

Marcelo Sarges de Carvalho

O ROSTO


Fatal sinal, teu beijo distante...
Teu rosto se mistura com o contingente popular,
não há distinção, é tudo miscigenação...
O rosto de cores próprias deixa a presença para se tornar vaga idéia de luzes que sempre surge de qualquer despertar...

Marcelo de Sarges de Carvalho

PLENITUDE



Viveu-se na tarde a possibilidade do intangível...
O desperta da criança, o encontro aguardado - ou não!-, o correr para fins de saúde...
Olhou-se no céu o passeio das aves qual destino não nos pertence,
mas elas nunca deixam de passar por nós...
O vento esculpi no rosto o tempo, a lembrança, a saudade de algum momento...
O caminhar sozinho, ensimesmado, porém, apaixonado por tal ato...
A chuva veio, mas para que correr?
Um dia, nem que só por uma vez, todos teremos de tomar um banho de chuva!
Isso se chama plenitude!

Marcelo de Sarges de Carvalho

PERITOS


Pequenos peritos d’alma que somos,
olhando dela examinamos o vão, a lacuna aberta entre o céu e o chão...
Rimas fáceis:
Alma, Vão e Chão...
Mas o que se guarda de todos os “ãos” é o que a alma tenta, sozinha, animar...

Marcelo Sarges de Carvalho