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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dia ou Noite

Viver o instante certo, comprimido, fatiado em doze pontos!
A mecânica sonora dos ponteiros já não se escuta!
A velha casa é um tempo oco, uma mãe sem filhos...
Eu vou seguindo idéias, criações, vivo lugares inéditos, recrio infâncias, vejo um primeiro beijo...
De repente, uma retomada urgente!
O relógio, mesmo calado, continua seu trabalho para me dizer que mais um dia chegou...
Lá, na sala oca, o relógio e o silêncio se disfarçam, criam identidades inversas para o mesmo seis...
Então, resta saber:
Você é do dia ou da noite?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O SILÊNCIO

O silêncio possui corpo e grita entre os extremos da existência;
Ele incomoda e teima em se esconder dentro de nós;
É parte e não o todo...
Perceba!
O silêncio anuncia o agora e toda a sua urgência,
Castiga o amanhã e menospreza o que foi...
Ele me sorri, é terno quão o sorriso de criança;
Abraça-me, são braços de um amigo;
Beija-me então me sinto vivo...

MARCELO DE SARGES DE CARVALHO

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

À MEIA-NOITE

À meia-noite os pactos são velados...

Meia hora em que tudo se persigna pelas esteiras dessas ruas...

À meia-noite não há silêncio nem luz,

Abstrações ou traições...

Consolos, beijos e arrepios, tentam o risco mais sombrio,

Encontrar-te!

Nesse pacto roto venho ao teu pensar querendo, querer-te;

E vivendo do que me dizes...

A meia hora em uma noite de São Jorge!