Um dia, no meio da tarde, eu, talvez, descubra o que fazer desse tempo...
Desse tempo que divide e mistura todas as ásperas identidades do verso...
O verso, esse, ficou torto seu moço!
Pegou chuva de corpo quente - igual a um moleque apressado!
Mas, por ser moleque, e, ainda por cima apressado, ria...
Ria, pois, mesmo torto, ele ainda sentiu o vento que passa pelo seu rosto;
E era como se fosse verso-moleque, solto, a corre quilômetros ao pé da ventania...
Marcelo Sarges de Carvalho dos Santos
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terça-feira, 11 de maio de 2010
MARÉ

Nossos pés molhados à beira do rio...
Nossos pés contam no leve passar da maré, horas e confissões...
Nossos pés entrelaçam-se, beijam-se, abraçam-se!
Nossos pés... Meu corpo, teu beijo, nosso abraço!
Nossos pés, túrgidos de tanta água, fazem uma ultima ação juntos:
Marcam, lado a lado, de ponta a ponta, o trapiche com nossas pegadas...
É que lá na beira a maré seca e o sol trata de esconder nossas marcas, nossa cumplicidade...
Marcelo Sarges de Carvalho dos Santos
quinta-feira, 6 de maio de 2010
PREÂMBULO

Hoje, um preâmbulo para o indeciso;
Mas, é nesse resumo que me asseguro...
Digo-me digno; cruel; humano; gentil...
Hoje, não há bem que maltrate e nem mal que afague...
O que se tem desse instante que, num piscar de olhos, conjuga-se passado?
Tem-se a minha necessidade, junta ou separada, com a tua necessidade!
Se juntas forem que haja amor entre nós...
Caso contrário conjuguemos, cada qual a seu modo, outras ações, outras pessoas, outras necessidades...
Marcelo Sarges de Carvalho dos Santos
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